Lembrando Quem Eu Sou
O Início da Minha Busca Consciente
Sempre me perguntam como foi que eu, com a minha formação clássica e estruturada em Pedagogia (1986) e Especialização em Gestão de Recursos Humanos (1989), acabei me tornando uma terapeuta. Aos olhos de quem via de fora, eu tinha uma vida estável e estruturada, mas essa imagem escondia uma profunda inquietação interior que me acompanhava desde muito cedo. Eu buscava respostas que a vida tradicional simplesmente não podia me dar.
Essa incessante busca pela coerência entre o que eu via e o que eu sentia foi o motor da minha transformação. Este artigo é o meu mergulho nesse processo. É a prova de que o despertar não é um acidente; é a convergência de todo o meu conhecimento. Eu utilizei a estrutura de análise e o rigor da minha base acadêmica para ancorar as verdades que encontrei nas terapias mais profundas, como o Reiki (que me levou ao Mestrado) e o Sekhem-Seichim Reiki (SSR).
Minha busca me levou a uma única certeza inegociável: a cura é um processo de autoconhecimento, sim, mas que só se concretiza porque a responsabilidade por essa cura é inteiramente minha e sua. Minha história é um mapa para quem busca unir a lógica à alma, e esse é o legado que eu carrego.
O Fato Inicial: A Inquietação e a Realidade Invisível
Minha história de despertar começa na infância, um período que, para a maioria, é de pura inocência, mas que para mim já era de profunda busca. Eu me sentia uma criança “fora do padrão”. Aquela necessidade de questionar era visceral: lembro-me vividamente de ter que fazer a Primeira Comunhão, aos 10 anos, e de ter que confessar “meus pecados” a um padre de batina preta que eu não conhecia. Aquele ritual simplesmente não fazia sentido para a minha alma.
Mais do que o questionamento, eu me via sozinha para lidar com uma realidade que mais ninguém parecia perceber. Eu enxergava e ouvia seres que dividiam o ambiente comigo. Alguns deles me acalentavam, trazendo uma sensação de proteção e calma, mas outros me amedrontavam profundamente. Essa dualidade do invisível me mantinha em um estado constante de alerta. Foi essa realidade não compartilhada que me forçou a me fechar e a desenvolver, intuitivamente, mecanismos de autodefesa emocional, criando uma concha para lidar com o mundo.
Tese: O Caminho é a Convergência e a Responsabilidade Pessoal
O caminho que percorri não foi linear, mas ele me trouxe uma clareza absoluta: a cura é a convergência de todo o conhecimento. É a união do rigor da Pedagogia e da Análise Comportamental com a profundidade da energia e da alma. Eu precisava de toda essa estrutura para entender o que eu encontrava no Reiki e no SSR.
Minha certeza inabalável, hoje, é que as terapias são o mapa, mas elas são apenas isso. A responsabilidade pessoal é a chave. A verdadeira transformação, o salto quântico, só acontece quando eu assumo a responsabilidade total pela minha evolução. Eu não espero por mestres, gurus ou milagres externos. Eu sou a prova viva de que a cura é um ato de intenção e de auto perdão, e é essa filosofia que sustenta a minha prática.
As Raízes e o Fascínio Pela Mente
Mecanismos de Sobrevivência e o Fascínio Pela Mente
Com a necessidade de lidar com a realidade invisível e as dores emocionais, eu precisava me proteger do mundo, e a forma que encontrei foi me fechando em uma concha. Eu buscava, no silêncio, uma maneira de lidar com dores e situações que, sozinha, eu ainda não compreendia.
Essa busca me levou, desesperadamente, ao conhecimento. Eu não tinha acesso a muita literatura, então eu lia meu horóscopo no jornal todos os dias, como se aquelas palavras fossem um mapa secreto. O grande achado foi o primeiro livro fora do contexto escolar, sobre Parapsicologia. Aquele livro me fascinou por completo: fiquei eletrizada com o poder da mente e com as possibilidades que eu lia.
Embora o fascínio pela mente tenha ficado por muito tempo no campo das possibilidades, a busca se intensificou. Tive, então, acesso à Doutrina Espírita através de uma colega. Aqueles livros me prendiam por horas e, finalmente, estabeleceram a convicção profunda de que a chave para a compreensão e a cura não estava em dogmas, mas sim no conhecimento profundo do espírito. A semente do que eu faria no futuro estava plantada ali.
O Ponto de Virada (1995/2000) e o “Ego Espiritual”
Por anos, eu me sentia travada e fora do padrão das pessoas ditas “normais”. Minha vida era pequena e monótona, presa em um casamento frio e nos compromissos de mãe e profissional. Eu tinha esquecido completamente meu ser espiritual. A sensação era de que minha vida estava sempre estagnada.
O ano de 2000 foi o marco do meu resgate consciente. O empurrão veio de um “acaso” que quebrou essa monotonia: meu ex-marido abriu uma loja em uma rua onde o urbano se misturava com o místico. Esse novo ambiente me deu a permissão para resgatar a busca da infância.
No entanto, a abertura trouxe os desafios da inocência. Nesse caminho inicial, conheci pessoas maravilhosas, mas também encontrei aquelas que, em nome do “ego espiritual”, acabaram me trazendo muita dor. Senti que me tiraram até a alma. Foi um aprendizado duro e necessário sobre discernimento; entendi que a verdade não estava em templos ou gurus, mas em ancorar a espiritualidade com os pés no chão.
A Âncora Acadêmica e a Ponte Comportamental
A Fundação Clássica: O Caminho da Família (1986 e 1989)
Minha Graduação em Pedagogia (1986) não nasceu de uma aspiração profunda; na verdade, eu era muito jovem e não tinha a menor ideia de que curso fazer. Segui o conselho da minha irmã mais velha, alinhando-me à peculiaridade da família de atuar na educação ou em áreas de Humanas. Foi uma escolha prática, mas, ironicamente, acabou me proporcionando o rigor analítico e o conhecimento, didática e planejamento — fundamentos que mais tarde me ajudariam a estruturar e organizar meus cursos energéticos. Em seguida, a Especialização em Gestão de Recursos Humanos (1989) consolidou esse olhar.
A Transição Comportamental: O Dado (2017)
Minha formação em Life Coach e Analista Comportamental (2017) serviu para adicionar um olhar sobre metas e quebra de padrões à minha base de conhecimento. A verdade é que eu não me identifiquei com a área, e ela acabou servindo apenas como um dado factual na minha história.
O Mapeamento da Cura e a Excelência em Terapias Energéticas
O Encontro com a Energia: Reiki e a Chave da Cura Pessoal
O ano de 2000 foi o marco do meu despertar e o início da minha carreira como terapeuta, um período de busca espiritual desenfreada que finalmente encontrou um norte. Eu estava faminta por conhecimento e o Reiki foi a chave mestra que abriu todas as portas.
Com o Reiki I e II, tive a prova física do que eu sentia desde criança: minhas mãos podiam ser canais de cura, amor e equilíbrio. Foi a confirmação de que aquela minha percepção da infância era real. Nessa mesma busca intensa, cada curso era uma peça vital: O Renascimento utilizava a respiração para me dar uma liberação emocional profunda, libertando dores antigas. O Tarot me ensinou a ler símbolos, e o Feng Shui me mostrou a harmonia entre dentro e fora. A formação em Yoga me deu o entendimento profundo da conexão mente-corpo e o poder da meditação. Eu estava, finalmente, desenhando o mapa da minha própria cura.
2003: O Mestrado em Reiki Usui e o Compromisso de Ensinar
O ano de 2003 foi um marco de extrema importância e consistência para a meu caminho. Ao alcançar o Mestrado em Reiki Usui, eu senti que aquele era o momento em que a aprendiz cedia lugar à mestra. Não era mais apenas sobre a minha cura; era sobre o compromisso de compartilhar a ferramenta que havia me transformado. Eu estava pronta para iniciar, guiar e ensinar outros no caminho da luz e do equilíbrio energético. O Mestrado não foi o fim de um curso, mas o início de uma missão de serviço. Naquele mesmo ano, aprofundei essa transição mergulhando em intensas vivências de Expansão da Consciência, que me mostraram que, para ser uma guia, eu precisava primeiro expandir meus próprios limites e acolher cada sombra.
O Salto Quântico: Sekhem-Seichim Reiki (SSR), Florais e a Cura Profunda
A caminho exigia ir além da energia superficial. O contato com o Sekhem-Seichim Reiki (SSR) não foi apenas um curso; ele marcou um verdadeiro salto quântico em minha metodologia. O SSR me deu a capacidade e a permissão de ir às causas mais profundas do sintoma, atuando na cura de padrões ancestrais e arraigados que nem o Reiki Usui — apesar de sua força — conseguia dissolver de forma tão assertiva. Foi o momento em que a Cientista da Alma começou a nascer.
A jornada exigia ir além da energia superficial. O contato com o Sekhem-Seichim Reiki (SSR) não foi apenas um curso; ele marcou um verdadeiro salto quântico em minha metodologia, atuando na cura de padrões ancestrais e arraigados. Foi o momento em que a Cientista da Alma começou a nascer.
Junto a esse avanço, o conhecimento em Terapia de Vidas Passadas (TVP) aprofundou minha compreensão sobre a origem da dor e dos padrões que se repetem. A formação como Facilitadora da Chama Violeta trouxe a ferramenta da transmutação energética. Integrei também os Florais de Bach (que usei para a minha própria impaciência e bloqueio do chakra laríngeo) e a Reflexologia Podal, que me ensinou a ler o corpo como um mapa, atuando na dor física e emocional.
A Síntese da Missão: Da Cientista da Alma ao Propósito
As Formações de Síntese e o Despertar da Cientista da Alma
Com a base energética consolidada pelo Reiki e pelo Sekhem-Seichim Reiki (SSR), e o rigor analítico da minha formação, o caminho me levou à necessidade de uma síntese final. As formações Matriz 5D (2018) e Cientista da Alma (2023) representaram exatamente isso: a integração final.
Esses cursos não foram apenas mais informações; eles validaram o meu método. Eles consolidaram a visão de que eu sou a Cientista da Alma que eu sempre fui, capaz de unir o rigor analítico da minha formação em Recursos Humanos com as chaves energéticas que coletei. Essa união me permite atuar de forma sistêmica e profunda, entendendo que a cura não é um ato isolado, mas sim o reconhecimento de um processo de autoconhecimento completo.
O Insight da Minha Missão: A Dor Transformada em Mapa
O ápice desse caminho de busca não foi um curso, mas um período de profunda dor pessoal. Houve um momento em que eu senti o “trem desgovernado”. Minha vida estava sem norte, com poucas coisas me dando prazer, e eu vivenciei a dor de relacionamentos rasos, incluindo a experiência com dois narcisistas.
Essa fase de desespero não foi um retrocesso; foi a catalisação final. Meu insight foi claro e veio como uma epifania: eu precisava usar minha própria dor e história como metodologia. A “mágica” do universo me mostrou que eu tinha que unir minha experiência pessoal de superação com todas as minhas formações. Minha missão se tornou, então, atuar nas causas dos sintomas, servindo de mapa para que as pessoas pudessem, finalmente, colocar o “trem nos trilhos”. Minha história é a prova de que a cura é possível, e eu estou aqui para guiar esse caminho.
A Metodologia de Cura Pessoal: A Chave da Responsabilidade
A verdadeira cura veio quando eu assumi a responsabilidade total pela minha evolução. Eu apliquei o rigoroso processo que aprendi: voltar ao tempo do fato, entender, perdoar e curar a origem daquele padrão. As ferramentas funcionam, mas a intenção pura e o auto perdão é que movem a transformação.
A Filosofia e o Legado Profissional
A Essência da Minha Prática Integrada: Você é Sua Própria Cura
Meu caminho profissional e pessoal — que uniu o rigor analítico da Pedagogia e o poder transformador do Sekhem-Seichim Reiki (SSR) — culmina em uma única e maravilhosa filosofia central: a cura é um processo que acontece de dentro para fora.
Minha trajetória é a prova irrefutável de que as terapias são o mapa e ferramentas úteis, sim, mas elas não curam sozinhas. A verdadeira transformação só se manifesta de forma consistente e duradoura quando o indivíduo olha para si, busca o autoconhecimento e, crucialmente, assume a responsabilidade total pela sua própria evolução. A cura, assim como a fé da mulher que tocou as vestes de Jesus, não reside em milagres externos, mas na força da nossa intenção mais pura. Esse é o legado que eu carrego e que eu ensino.
O Convite à Evolução
Eu sou a prova viva de que você é sua própria cura. Meu propósito, hoje, não é curar, mas ser o mapa que te guia com a experiência de quem já percorreu o caminho.
Se você busca um mapa para guiar seu próprio despertar e iniciar uma transformação baseada no rigor analítico e na expansão da consciência, comece a trilhar o seu novo caminho.
Por Mariléa Goulart
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