Vida Terrena: Sua Chave da Prosperidade

Como a Resistência à Vida na Terra Bloqueia Minha Prosperidade e Autonomia

Vida Terrena: Sua Chave da Prosperidade

O Paradoxo da Alma Pronta e o Negócio Paralisado

A dor é um paradoxo. Você tem o mapa completo: o conhecimento, a técnica, os certificados, o material do seu projeto com propósito finalizado. Você sabe que tem um dom, que sua história é uma ferramenta poderosa de transformação. Mas, na hora de apertar o botão de “Lançar”, de cobrar o preço justo ou de simplesmente se expor, algo trava.

Não é falta de clareza, é um bloqueio de prosperidade, de autonomia e de merecimento que age como uma chave invisível.

Você sente que, se avançar, trairá a si mesma ou as suas crenças mais profundas. Sussurros internos dizem: “Não é para você… não pode ganhar dinheiro com o sagrado… o sacrifício é mais puro.”

Eu passei por isso. E descobri que a raiz desse bloqueio não estava no meu projeto, mas em uma ferida existencial muito mais antiga e profunda.

A Ferida de Não-Aceitação: “Eu Fui Empurrada para Cá”

Todo o travamento do meu negócio estava fundamentado em um ponto central: uma resistência profunda à vida na Terra.

O bloqueio financeiro e a dificuldade em gerar autonomia eram a manifestação material de uma ferida de alma: a sensação de não querer ter nascido ou ter sido “empurrada para cá”, para essa vida, para esse corpo.

Quando rejeitamos a vida humana, rejeitamos o que ela oferece. Rejeitamos o dinheiro (que é energia materializada), a rotina, os prazeres simples e até mesmo o afeto incondicional. Essa postura de não-aceitação se traduz em um ciclo de sofrimento e superioridade ferida:

  • Você olha para os “comuns” vivendo e prosperando com leveza e sente uma inveja espiritual (e até uma arrogância sutil) por ver que eles conseguiram o fluxo que você não permitiu para si.
  • Você sabota qualquer fonte de renda que exija presença, organização e ação concreta no plano material, como o lançamento de um curso.

Essa resistência é o ruído constante que nos exaure, transformando nossa missão em fardo e nosso trabalho em sacrifício.

O Conflito Humano-Espiritual: As Lentes de Anthony Robbins

 Para entender como padrões espirituais se tornam bloqueios financeiros no nosso dia a dia, é útil olhar para a estrutura da alma humana. Para entender como padrões espirituais se tornam bloqueios financeiros no nosso dia a dia, é útil olhar para a estrutura da alma humana. O renomado estudioso do comportamento Anthony Robbins define seis necessidades básicas que governam toda a nossa vida. Ao analisar meu processo sob essa lente, descobri que o bloqueio não era só espiritual; era a colisão de várias dessas necessidades:

  1. Ego Espiritual / Superioridade: Este conflito se manifesta como uma Significância pervertida. O ego busca se sentir único, original e importante. O “ego espiritual” satisfaz essa necessidade pela pureza (“Eu vejo o que eles não veem”), mas bloqueia o sucesso material para não trair o papel de “ser de luz que não se importa com dinheiro”.
  2. Inveja dos “Comuns”: Essa inveja nasce da colisão entre as necessidades de Conexão vs. Variedade. A vida humana oferece conexão, prazer e variedade que você rejeitou. Você busca Certeza em um plano superior e, por isso, repudia a vida terrena por ela parecer caótica ou arriscada.
  3. O Fardo da Missão: O desejo natural de dar e ajudar é transformado em uma Contribuição Distorcida. Isso se torna um fardo de “salvação”, gerando impaciência e exaustão, pois não é uma troca de amor, mas sim uma obrigação.

As Regras Falsas que Sabotam Minha Prosperidade

Essa colisão de necessidades se manifesta em um sistema de regras internas, implantado por traumas de vidas passadas (o eco da perseguição, como a Inquisição), influências familiares e o sistema do “deus falso” que condiciona a espiritualidade ao sofrimento.

Essas são as “regras” implantadas que mantiveram, por exemplo, o meu curso de Reiki na gaveta:

  • A Pureza é Superior à Matéria: Essa crença implantada resulta em rejeição às alegrias simples e culpa frente à prosperidade. O sentimento é de que “ter prazer, adornos, riqueza é inferior/traidor”.
  • “Deus Proverá” é a Única Fé: O efeito no bloqueio de hoje é a autossabotagem e resistência interna, pois você sente que não deveria precisar se esforçar, trabalhar ou cobrar para ter a provisão.
  • A Missão é o Sacrifício: Essa regra leva à exaustão e impaciência com quem está no processo, pois você acredita que seu valor está em resgatar e não em prosperar.
  • Quem se Expõe Será Punido: Essa memória de perseguição ecoa como medo de exposição e vergonha de gerar renda ou se colocar. É o medo da fogueira ou do julgamento reverberando no presente.

 A Chave da Libertação: Aceitação e Ação Consciente

 Se o dinheiro não é o vilão, então o que ele é? Ao longo do meu caminho, descobri que ele é simplesmente uma energia neutra, cuja qualidade é determinada pelo propósito que eu coloco nele.

O bloqueio se dissolve quando você, conscientemente, aceita a vida humana e honra o seu caminho.

  1. Aceitar é Dar Permissão: Aceitar a vida não é renunciar ao espiritual. É dar-se permissão para ser humana e completa: ter dons espirituais e desfrutar, trabalhar, prosperar, errar e amar. É integrar seu Eu Superior à sua humanidade.
  2. Honrar a Trajetória: O Crescimento a única necessidade que não pode ser satisfeita por meios ilusórios, exige que você honre cada passo que deu. Pare de se julgar superior ou inferior; aceite a jornada, a dor e a vitória.
  3. Ação Consciente Dissolve o Medo: Você já tem o entendimento. O que falta é a ação. O medo e o bloqueio não desaparecem antes da ação; eles se dissolvem durante a ação consciente.
    • Eu Refraseio: “Minha pureza está na intenção; prosperar não a diminui.”
    • Eu Refraseio: “Posso alinhar minha fé com ação: honrar o divino trabalhando com amor.”
    • Eu Refraseio:Expor-me com integridade não é risco mortal; é a forma de honrar meu dom e meu propósito.”

A cura acontece justamente no ato de estruturar sua vida. Não é só “curar para depois criar”; é também criar para continuar curando.

O Dinheiro como Ferramenta de Manifestação

 Se o dinheiro não é o vilão, então o que ele é? Ao longo do meu caminho, descobri que ele é simplesmente uma energia neutra, cuja qualidade é determinada pelo propósito que eu coloco nele. Se o dinheiro não é o vilão, então o que ele é? Ao longo do meu caminho, descobri que ele é simplesmente uma energia neutra, cuja qualidade é determinada pelo propósito que eu coloco nele. O dinheiro, por si só, não traz luz nem sombra. Ele não é bom nem mau — é uma ponte. Um meio que ganha forma a partir da consciência de quem o utiliza. Para uma pessoa com medo, o dinheiro pode se tornar escudo e prisão; para quem desperta, pode se tornar asas e liberdade.

Quando olho para ele como ferramenta de manifestação, tudo muda. Ele deixa de ser apenas papel, número ou moeda, e se revela como uma extensão do meu poder criativo. Assim como a palavra dá forma a um pensamento, o dinheiro dá corpo a uma intenção.

  • Se eu desejo curar, o dinheiro pode financiar terapias, estudos, práticas.
  • Se eu desejo expandir, o dinheiro pode abrir caminhos para viagens, projetos, novas conexões.
  • Se eu desejo compartilhar, o dinheiro pode ser canal de doação, de amparo, de suporte a quem precisa.

Se por  um lado, visto como símbolo de ganância ou corrupção; de outro, idealizado como solução mágica. Nessa oscilação, a essência do que ele realmente é foi encoberta por crenças, medos e ilusões. O primeiro passo da desmistificação é perceber que o dinheiro não é um fim em si mesmo, mas um recurso que amplifica a consciência e as intenções de quem o utiliza.

O dinheiro não é algo externo, separado ou distante de nós. Ele é um espelho fiel da forma como nos relacionamos com a vida, e apenas devolve o que está diante dele.

Ele não cria os padrões sozinho; ele apenas amplifica e mostra com mais nitidez aquilo que já existe em você. A verdadeira transformação acontece quando você limpa o olhar. Você percebe que o dinheiro não é vilão, mas mensageiro: ele revela a qualidade da sua relação consigo mesma(o), com seu merecimento, com a sua liberdade e com a sua capacidade de criar.

Ao reconhecer o dinheiro como espelho, você percebe que a chave nunca esteve fora. Está em você — no modo como se vê, no que acredita e no quanto se autoriza a manifestar.

Mas se o propósito é frágil, confuso ou vazio, o dinheiro apenas refletirá isso. Ele não cria sozinho: ele amplifica. Amplifica a consciência, os medos, os sonhos e os valores de quem o segura.

Por isso, a grande virada não é “ter mais” ou “ter menos”, mas reconhecer o dinheiro como aliado espiritual no caminho de manifestação da sua verdade. Ele não precisa ser rejeitado nem idolatrado — apenas colocado ao serviço do que você é e do que veio expressar.

O que você deseja manifestar através do dinheiro?

Estado Interior e Alinhamento: A Atração da Abundância

A abundância não começa fora de você — ela nasce no seu estado interior. Dinheiro, oportunidades e prosperidade são respostas da vida ao campo que você sustenta.

A abundância não começa fora de você — ela nasce no seu estado interior. Dinheiro, oportunidades e prosperidade são respostas da vida ao campo que você sustenta. É como se o universo apenas devolvesse a frequência que você vibra por dentro.

Três pilares são essenciais para este fluxo:

  1. Confiança: O solo fértil. Quando você confia, o medo perde força. Essa certeza silenciosa de que você é parte de uma inteligência maior, e de que nada lhe falta, abre espaço para o dinheiro circular, pois você deixa de agarrá-lo com desespero.
  2. Alinhamento: O fio condutor. A energia do dinheiro se move melhor quando está conectada ao seu propósito. Quando seu pensamento, seu sentimento e sua ação caminham na mesma direção (coerência), o dinheiro flui como consequência.
  3. Generosidade: O fluxo que se expande. A abundância não se acumula, ela circula. Ao compartilhar, você confirma para si mesmo(a) que há sempre o bastante. Esse movimento dissolve o medo da perda e abre o campo para que a vida lhe devolva em novas formas de prosperidade.

O círculo virtuoso da abundância transforma seu estado interior em um ímã. A verdadeira chave não está em correr atrás da abundância, mas em se tornar abundância primeiro — no olhar, nas escolhas, nas atitudes. O dinheiro apenas responde.

 

O Efeito Transbordante e as Raízes Terrenas

A abundância não se limita ao dinheiro. Ela é uma qualidade interior que, quando cultivada em uma área da sua vida, naturalmente se derrama sobre as outras. Você pode transbordar em amorosidade, criatividade ou saúde; esse transbordar abre portas, amplia sua frequência e cria caminhos para que o dinheiro e outras formas de prosperidade também se aproximem.

  • Quem cultiva abundância de gratidão, atrai relacionamentos mais leves e oportunidades.
  • Quem vive abundância de vitalidade, tem energia para criar e gerar recursos.

Isso acontece porque a abundância é um estado vibracional, não uma conta bancária. Quanto mais você reconhece e honra as abundâncias já presentes, mais espaço cria para a prosperidade se manifestar em todas as dimensões da sua vida.

Para que a prosperidade seja sustentável, ela precisa de raízes firmes no mundo material. O mundo material não é separado da espiritualidade; ele é a manifestação concreta dela.

  • Pagar dívidas e organizar finanças é plantar a semente da liberdade.
  • Cuidar do corpo e da saúde é preparar o terreno para energia e vitalidade.
  • Sua cura emocional é uma raiz poderosa; cada ferida acolhida transforma-se em nutriente para a prosperidade.

O verdadeiro despertar é a coragem de viver em sua totalidade, reconhecendo que espírito e matéria são duas faces da mesma existência. O dinheiro deixa de ser vilão, a abundância deixa de ser promessa distante, e o mundo material se transforma em instrumento de expressão do que você é, em canal para compartilhar, criar e expandir.

O ato de “apertar o botão de Lançar”, cobrar o preço justo ou simplesmente prosperar não é um problema de técnica ou clareza, mas sim o ponto final de uma jornada profunda de aceitação. O verdadeiro bloqueio estava enraizado na resistência à vida humana, na ferida de não-aceitação que nos fazia olhar a matéria – incluindo o dinheiro – com desconfiança e até repulsa.

A chave da libertação, contudo, não reside na negação da sua espiritualidade, mas na integração consciente do seu Eu Superior à sua humanidade. O dinheiro deixa de ser o vilão ou o ídolo e passa a ser reconhecido como uma energia neutra e uma ferramenta de manifestação.

A prosperidade sustentável exige que construamos raízes terrenas firmes, onde a cura emocional e a organização financeira são atos de profundo amor-próprio e espiritualidade. A ação consciente é o solvente final do medo e o único caminho que transforma o entendimento em realidade.

Honre seu caminho, aceite a totalidade da sua existência – espírito e matéria – e dê-se a permissão para ser humano e próspero. Não espere a cura para criar; crie para continuar curando. É no ato de estruturar e manifestar seu propósito no mundo que o bloqueio se dissolve, e o universo responde à sua nova frequência de abundância e aceitação.

Por Mariléa Goulart

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